Os meus sentidos andam enganados, debruçaram sobre a esperança de caminhar ao teu lado, sonharam com momentos que nunca existiram, iluminaram noites que jamais foram reais. Se a sua estrada se juntasse a minha, se percorrêssemos os mesmos atalhos, se fôssemos cúmplices desse caso, se...
Seríamos perfeitos com Aquele que é a perfeição, nossas diferenças não seriam importantes, a grandiosidade estaria em buscarmos a felicidade um do outro. Seria perfeito mesmo em meio a imperfeição. Ou seria ilusão?
Ilusão imaginar você pra mim. Doce ilusão. Você jamais imaginou que o meu olhar fosse de amor. Ilusão. Seria minha morte acordar desta ilusão e ouvir seu não. Você não compreende como é bom te querer, ilusão. Meus devaneios registram um final feliz, um beijo de amor sem fim. Pobre ilusão.
Viver encenando um papel não faz parte do meu caráter. Teria muitos motivos para fugir da realidade e encarar personagens, criaturas estas que me dariam o sossego merecido. Caminharei passo a passo, buscarei não limitar meus pensamentos, trajetórias, derrotas, vitórias. Aqui é o espaço para depósito dos ensaios desta vida, em algum momento cairá a ficha que ela é real.
05/09/2010
01/09/2010
Rota
Em casa, na sala, sentada no sofá, pensando, veio o prisioneiro e me tirou o sossego. Amigos?, ele perguntou. Não, respondi. Como poderia? Como seria? Não. Fechei a janela. De noite, no quarto, berros. Não me contive. Berrei. Explodi. Ponto Final. Meus sonhos, meus objetos, meu sorriso, a construção de anos... Se foi. O que eu perdi? Nada. Ganhei. Venci. Subi um degrau. Escorreguei. Agarrei. Subi mais dois degraus. Não mudei meus objetivos, mudei a rota. A carne foi cortada pela navalha da traição. Cicatrizou. Horas, dias, meses, anos, voltei. Olhei. Caminhei e senti o vento, ouvi os pássaros, calei. Silêncio. Sobrevivi, eu disse. Acalentada pelo amor de Deus, abastecida pela fé em Sua graça, sorri.
Chance
Perdemos preciosos momentos com um único movimento. Chegamos com nossa bagagem cheia de marcas e com medo não arriscamos. Passou. Os minutos não voltam. Acabou. Nova chance? Amanhã, talvez.
Abri os olhos.
Meus olhos abriram para o que eu não queria enxergar. Doeu. Sofri. Lamentei. Não consigo mais fechá-los. Os sentimentos que descobri serão transformados, virarão lembranças. As lembranças não se apagam, apenas não ferem mais. Dormirei tranquila novamente, sem fechar a porta.
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